Em nossos rótulos retratamos as
lendas, cultura, monumentos, personagens e
história de Florianópolis.
CONHEÇA AS HISTÓRIAS
DOS RÓTULOS
Contam os antigos moradores da Vargem Grande que, há muitos anos, vivia um velho homem numa casinha muito humilde, ao lado de onde hoje se encontra a Cervejaria Kairós. Esse senhor passava o dia inteiro sentado atrás de uma grande pedra, bem na curva da estrada geral do bairro, fumando o seu cigarro de palha. Os anos se passaram, o velhinho morreu, a casinha e a pedra já não estão mais lá. Mesmo assim, muitos dizem que, em algumas noites, quando passam ali pela estrada, ainda veem uma fumaça saindo por detrás do capinzal que tomou conta daquela curva. De arrepiar, não tem?!
Esta cerveja foi elaborada para homenagear a primeira rua calçada de Santa Catarina, um dos lugares mais bonitos e históricos de Florianópolis, localizada na Praça Roldão da Rocha Pires, no bairro de Santo Antônio de Lisboa. A história começa em 11 de janeiro de 1698, quando as primeiras sesmarias da região foram concedidas ao Padre Matheus de Leão e às famílias portuguesas, tendo sido o território ocupado somente em 1748 com a chegada dos açorianos. Quase um século depois, em 21 de outubro de 1845, em visita ao estado, Dom Pedro II (cuja alcunha era "O Magnânimo") e Dona Teresa Cristina inauguraram o calçamento da rua. Conta a História que o casal desembarcou por volta das 11h30 e, sob forte vento, foi assistir à missa preparada em sua homenagem. Como ameaçava chuva forte, não demoraram a voltar para o navio. Mas, segundo a nossa história, mesmo sob as más condições do tempo, os dois ficaram um pouquinho mais para provar a saborosa e magnânima Imperial IPA da Kairós.
O místico distrito de Ratones é famoso por suas histórias com o “Lombisome”, como o chamam os manezinhos. Segundo a lenda, uma senhora casada tinha um filho pequeno e, ao anoitecer, quando o marido saía para trabalhar, ela banhava o pequeno garoto em uma bacia, sob a luz da Lua. Porém, a mulher tinha de tomar muito cuidado! Por ali, sempre aparecia um cão feroz, que tentava morder o menino. Até que uma noite a senhora ficou muito irritada com o cachorro e, com a força de seu punho, deu uma pancada nele. Enfurecido, o bicho foi para cima dela, rasgou um pedaço do seu vestido com uma enorme abocanhada e correu para o mato. Pela manhã, deitada nos braços do marido, a esposa percebeu que os dentes dele estavam cheios de fiapos da roupa que ela usara na noite anterior. Com a descoberta, a maldição se desfez e aquele homem tornou-se humano para sempre.
No século XVIII os portugueses queriam se consolidar em nosso Estado. Santa Catarina era um excelente ponto estratégico para navegação e ocupação do sul do continente americano. Assim, temendo uma invasão espanhola, construíram os fortes que se tornaram o sistema defensivo da Ilha. As fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones, formavam o triângulo defensivo da Baía Norte, que nunca foi utilizado. Há boatos que os canhões seriam fracos demais e as balas não alcançariam o alvo. Independente de suas fraquezas, as três edificações estão lá, deixando a nossa Ilha ainda mais bela. Diferente das fortalezas, nossos canhões de lúpulo são fortes e defenderão o sabor desta cerveja.
A Maricota, a Bernúncia e o Boi-de-Mamão já estão ansiosos para formar a roda. É dia de festa no Mercado Público de Floripa. A desengonçada Maricota, nariz de pimentão, colocou o seu melhor vestido e um belo lenço no cabelo para compor o visual. A Bernúncia, cobra esperta, nunca esteve tão colorida! O Boi despertou e já entrou na dança. Os longos braços da Maricota alcançam o melhor fruto da árvore de Seriguela. Ingrediente perfeito para compor a cerveja Maricota Catharina Sour, uma bela homenagem ao nosso folclórico Boi-de-Mamão.
Duna é uma montanha de areia criada a partir de processos eólicos e estão sujeitas à movimentação e mudanças de tamanho pela ação do vento. Quando o vento sopra, leva a areia, que com o tempo, se transforma em duna. Em Florianópolis, as Dunas são uma das atrações mais procuradas pelos turistas e estão localizadas em diversas praias da Ilha como: Praia da Joaquina, Praia dos Ingleses, Praia do Santinho, Praia do Campeche, Praia da Armação, Lagoa da Conceição, Praia do Moçambique e Praia do Pântano do Sul. As maiores e mais famosas dunas da cidade, encontram-se no Leste da Ilha, entre a Lagoa da Conceição e a Praia da Joaquina. Assim como as Dunas se modificam todo o tempo, deixe-se também transformar pela experiência de degustar a Kairós Dunas White IPA texto. É fácil.
A palavra tribuzana tem sua origem no termo da língua portuguesa “trabuzana”,
que signica tempestade violenta, temporal, tormenta. Porém, os manezinhos da ilha, com seu dicionário próprio (o manezês) e jeito particular de falar, batizaram esse fenômeno da natureza de "tribuzana", representando as grandes tempestades, normalmente acompanhadas de "vento súli", quando também se costuma dizer que "está caindo um cacau".
Diz a lenda que as bruxas da região queriam fazer uma incrível festa na praia de Itaguaçu, em Florianópolis, um dos mais belos cenários da terra. Todos os seres místicos, como lobisomens, vampiros, o curupira, o caipora e o boitatá, seriam convidados. As bruxas decidiram não convidar o diabo por conta do seu imenso fedor de enxofre e pelas suas atitudes esnobes, ao exigir que todos beijassem seu rabo como forma debochada de confirmar seu poder absoluto. Durante a festa, de repente, surgiu o diabo entre raios e trovões. Irritado pelo comportamento das bruxas, ele as castigou, transformando-as em pedras, que até hoje flutuam nas águas da praia de Itaguaçu.
O fim de tarde se aproxima na Rota do Sol Poente, região rica de histórias e belezas. A primeira a ter uma rua calçada em Santa Catarina, construída para receber Dom Pedro II em 1845. Um distrito que carrega a veia açoriana, que produz ostras, renda de bilro, de gente hospitaleira e que é belo por natureza. Cacupé, Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui são destinos certeiros para um almoço, happy hour e para quem quer apreciar o belo pôr do sol. Quando o sol se põe, a magia do espetáculo da natureza desperta os mais belos sonhos nos espectadores. Realmente, só faltava poder plantar lúpulo nesta terra.
Juracy Ibagy Lopes é a Senhorinha homenageada nesta saborosa cerveja. Não é uma "manezinha" de nascença, mas adotou Florianópolis para morar e criar seus 6 filhos, donde vieram vários dos seus netos e bisnetos. Nascida em Catuíra, distrito de Alfredo Wagner, SC, era professora e também ajudava na fabricação de gasosas e vinagre, mas o que ela gostava mesmo era de uma saborosa cerveja. Faleceu em 2015, no dia em que fez seus 95 anos e deixa até hoje muitas saudades.
Florianópolis é a capital de Santa Catarina, composta pela ilha principal, uma parte continental e pequenas ilhas circundantes. Inicialmente habitada pelos índios Carijós da nação tupi-guarani, a cidade foi posteriormente colonizada pelos portugueses, os quais implementaram a cultura açoriana, marcante nas tradições e arquitetura do município. A cidade já foi chamada Meiembipe, Ilha de Santa Catarina, Nossa Senhora do Desterro, até receber a denominação de Florianópolis, após o fim da Revolução Federalista, em homenagem a Floriano Peixoto, presidente da república da ocasião. Em 1926 foi inaugurada a belíssima Ponte Hercílio Luz, primeira ligação entre ilha e continente, que se tornou símbolo da cidade.
Mar que acalma, que assusta, paisagem que deslumbra e revela a história. Em cada momento a praia de Naufragados surpreende. O nome surgiu a partir de um triste episódio, em 1753 naufragaram ali duas embarcações com 250 pessoas, alguns dos sobreviventes passaram a morar na praia, por isso o nome de Naufragados. Para chegar na localidade a solução é ir de barco ou estar preparado para uma boa caminhada. Ao colocar os pés na areia, retire o binóculo da mochila e aprecie a vista do mais antigo Farol de Santa Catarina, construído em 1861 e dos antigos canhões de guerra que formavam o forte da Ponta de Naufragados, que funcionava em conjunto com o Forte de Nossa Senhora da Conceição. Nos dias de mar bravo, é possível avistar os surfistas aproveitando a melhor forma do mar para eles. Permita-se apreciar o poder dessas águas.
Inaugurado em 1928, o Miramar logo se tornou o ponto de encontro das tradicionais famílias florianopolitanas. As histórias de quem viveu o período no qual o prédio esteve localizado em frente à Praça Fernando Machado, permanecem vivas entre os moradores mais antigos da cidade. Erguido dois anos após a construção da Ponte Hercílio Luz, com sua elegância arquitetônica em estilo eclético e rico em detalhes, assumiu lugar de referência na paisagem da cidade. O projeto foi obra dos Irmãos Contini, engenheiros que chegaram a Florianópolis em novembro de 1922, para supervisionar os trabalhos de construção da Ponte Hercílio Luz. No Miramar ficava o trapiche municipal, de onde partiam as lanchas que realizavam a travessia Ilha-Continente.
A partir da metade do século XX, iniciaram-se em Florianópolis os fenômenos de verticalização da cidade e a perda de espaço da pesca artesanal para a pesca comercial. A derivação do mito do Boitatá, representada por Franklin Cascaes, simboliza a indignação e tristeza dos ilhéus com a destruição de espaços verdes e com o progresso desenfreado que acontecia na época. Segundo os antigos, o Boitatá matava e comia as pessoas que desmatavam e faziam queimadas com o propósito de especulação imobiliária. Seu sobrevôo observando a ilha remete à proteção e conservação de áreas ainda preservadas, mantendo a essência de aproveitar o momento e curtir a natureza quase virgem de alguns recantos da ilha.
Originalmente, essas embarcações que utilizam proas e popas iguais (dianteira e traseira do barco), eram características dos barcos vikings. Posteriormente, passaram a ser fabricadas por várias regiões do mundo. Em Santa Catarina, esse tipo de embarcação é chamada de Baleeira, e é a única tradicionalmente brasileira que apresenta dupla proa, assim como os barcos nórdicos. Porém, foram os açorianos que, ao povoarem o litoral catarinense, implantaram a cultura da fabricação e utilização da baleeira, tornando-a um barco típico de Florianópolis.
A Costa da Lagoa é uma região localizada na parte norte da Lagoa da Conceição. O lugar é considerado um dos redutos da cultura açoriana, com um núcleo de pescadores e rendeiras que preservam a cultura local. Com relevo acidentado, o único acesso por terra é através de trilhas. Outra forma de acesso à costa são as embarcações, baleeiras por exemplo, que fazem linhas de ligações entre as regiões vizinhas e os trapiches da Costa da Lagoa.
Na Ilha de Santa Catarina, a renda de bilro apareceu por influência dos açorianos, no século XVIII. Enquanto os homens passavam longos períodos na atividade da pesca, com redes artesanais, as mulheres ocupavam o tempo tecendo fios em almofadas de bilro. As rendas produzidas eram vendidas no mercado da cidade ou trocadas por produtos de necessidades básicas para reforçar o orçamento familiar. É uma tradição cultural, passada de geração para geração e que acabou originando o ditado popular “onde há rede, há renda”.